No ano de 1965, o sr. Ronald DeFeo comprou uma casa localizada na Avenida Ocean, número 112, e mudou-se para lá com sua esposa e seus cinco filhos. O filho mais velho do casal, Ronald "Butch" Junior, era um adolescente mimado e arrogante, acostumado a ter dinheiro e bens materiais, possuía quase tudo que desejava. Mas nem tudo era um mar de rosas na vida de Butch. O garoto era obeso e mau humorado, o que fazia com que fosse alvo de agressão pelos colegas. Seu pai tentou endurecer o garoto, provocando para que ele se defendesse. Sr. DeFeo era um homem autoritário, que não tolerava desobediência de seus filhos ou de sua esposa, Louise.
Butch cresceu, e sua relação com seu pai era cada vez pior. O que antes eram discussões e gritarias tornou-se trocas de socos. O Sr. DeFeo, não reconhecendo sua agressividade, resolveu que o temperamento de Butch estava fora de controle, e decidiu junto com Louise leva-lo a um psiquiatra. Butch rejeitou a ideia e passou a ser um jovem quieto, que só ficava sentado, sem interagir, e assim seu tratamento contra agressividade foi diminuindo. Ao invés de lidar com a personalidade do filho, Ronald e Louise optaram por dar bens materiais ao garoto. DeFeo comprou uma lancha de $14 mil para Butch em seu aniversário de 14 anos, e passaram a dar dinheiro a ele sempre que pedia, e quando não davam o garoto roubava.
Aos 17 anos Butch foi expulso da escola por fazer uso de drogas e por explosões violentas. Butch usava desde LSD até heroína, e se tornou cada vez mais violento, chegando a apontar uma espingarda carregada a um amigo, rindo como se não houvesse perigo algum.
Em 13 de novembro de 1974, Ronald "Butch" DeFeo, já com 24 anos, entrou freneticamente pela porta do Henry's Bar. Ao chegar no pequeno bar, disse que alguém havia baleado seus pais. Ao chegar a casa, o dono do bar se deparou com uma cena terrível: seis pessoas mortas a tiros, de bruços e com as mãos na cabeça.
As vitimas foram identificadas como a família de Ronald.
Após ser interrogado durante horas, Ronald mudou sua história dizendo que a máfia estaria envolvida no assassinato, mas acabou confessando que resolveu matar todos membros de sua família com a ajuda de uma carabina, indo primeiro ao quarto dos pais, e depois no quarto de cada um dos seus irmãos. Durante o julgamento, alegou que na noite dos crimes ouviu vozes que o obrigaram a cometê-los, declarando: "sempre que olhava ao meu redor, não via ninguém, então deve ter sido Deus que falava comigo". Foi condenado a mais de cem anos de prisão na Penitenciária Green Haven, em Nova York, e teve sua liberdade condicional negada em 1999.
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Alguns fatos inexplicáveis aconteceram durante os assassinatos:
- Nenhum vizinho e nem mesmo nenhuma das vítimas acordou com os disparos da carabina.
- As vítimas não mostravam sinais de luta e nem de sedativos.
- Todas as vítimas foram encontradas de bruços e com as mãos na cabeça.
- Ronald alegou que sua irmã, Down, foi quem matou a família, e que Ronald ao notar o que ela havia feito a matou. De fato, havia vestígios de pólvora na camisola de Down, o que indica que ela poderia ter disparado uma arma de fogo.
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Um ano depois do massacre da família DeFeo, George e Kathy Lutz compram a casa e mudam-se para lá com seus três filhos, Daniel, de 9 anos, Christopher, de 7 e Missy de 5. Mesmo conhecendo a trágica história da casa, os Lutz resolveram se mudar para lá, mas antes chamaram um padre para abençoar o local. Não funcionou. George passou a acordar todas as noites no horário em que Butch assassinou sua família, Kathy passou a ter pesadelos, onde via as mortes que aconteceram na casa, relataram um enxame de moscas que surgiam do nada, portas e janelas abriam e fechavam abruptamente, mãos invisíveis os arranhavam durante a noite, sons de tiros, e os Lutz não passaram mais do que 28 dias no local e fugiram deixando todos seus pertences para trás.
Alguns investigadores foram ver se o local era realmente assombrado, e isso inclui os Warrens (aqueles do filme invocação do mal). Ed e Lorraine investigaram o local e concluíram que ele realmente era assombrado.
A família que compro a casa dos Lutz alega nunca ter presenciado nada de sobrenatural na casa.
Os Lutz chamaram o escritor Jay Anson para escrever um livro contando tudo o que passaram na casa. O livro foi publicado em 1977 com o título "Horror em Amityville", e vendeu mais de 3 milhões de cópias. Em 1979 o filme foi produzido, rendendo US$80 milhões, três sequências, e em 2005 uma refilmagem do original.
Há quem diga que a família Lutz eram apenas farsantes que usaram a história macabra da casa para ganhar dinheiro com as vendas do livro, e até mesmo um livro foi escrito para desmenti-los: "The Amityville Horror Conspiracy". Mas Loraine Warren até hoje confirma que a casa é realmente assombrada e que passou por experiências horríveis ao investigar a casa com seu marido, Ed Warren.
Fonte: Assombrado, paixão assassina, arquivos insanos.